Assessoria e mídias sociais – Lidando com gerenciamento de crise
Sem dúvidas, o momento de maior tensão para um profissional que lida com assessoria ou mídias sociais é o momento de crise. Não é possível prever a maneira, muito menos qual o impacto imediato gerado por ela, nem suas consequências a médio e longo prazo. Para assessoria a situação tende a ser ainda pior, pois normalmente o monitoramento é falho ou ineficaz, por quê?
Costumo dizer que assessoria é um constante estado de crise, seccionada em três blocos:
Crise de informação – Onde há a necessidade de atingir um determinado público de maneira constante
Crise de gerenciamento – Contrapontos e feedbacks normalmente demoram a ser encaminhados (caso terceirizados) ou o serviço a fracionado
Crise de identidade profissional – Onde, mesmo em espaços particulares, o profissional é tratado como a figura que representa
Para a assessoria, o monitoramento constante de informações, seja nas mídias tradicionais ou digitais, não é uma prática corriqueira. Normalmente, os relatórios de clipping (para rádio, TV e portais) são encaminhados de maneira periódica e a busca de informações nas mídias sociais mais básica não é contínua, não pelo não conhecimento de ferramentas, mas pelo condicionamento da situação.
Em contrapartida à ineficácia gradual do monitoramento em assessorias, dois contextos de monitoramento social surgiram. O primeiro, que costumo tratar como “cultivo de fãs”, leva em consideração a criação de uma “camada de defesa”, visando o aumento do feed positivo sobre um contexto. É comum no apoio de pessoas públicas e políticos e, acredite, há quem crie um excelente mundo nesse contexto. Costuma ser pouco eficaz, mas ajuda muito com o ego.
Num segundo contexto, a assessoria se baseia em resposta e atendimento direto. Nesta, o monitoramento, mesmo sendo mais direcionado e de alcance direto, não aumenta o feed positivo, independente da solução.
O problema de ambos os contextos é que nenhum tem total funcionalidade. Ao se lidar com mídias tradicionais (vulgo rádio, TV e afins), o primeiro modelo pode ser mais eficaz, mas o modelo de resposta programada de maneira coletiva o torna cansativo em mídias sociais, praticamente um spam. Já o segundo se mostra eficaz para dúvidas e atendimento básico, mas costuma ter um alcance limitado.
Numa crise, é essencial entender o fato que originou a situação e entender como os recursos serão aplicados. As preocupações com o público e o consumo são prioridade. A existência de um gerenciamento direcionado e orientado de conteúdo e buscar recursos é indispensável. Avalie as fontes e as neutralize, com conteúdo direto e prático. De maneira rápida.
Fonte: Ponto Marketing